sábado, 28 de agosto de 2010

FORCADOS ELVENSES PEGARAM EM LAGOA

A localidade algarvia de Lagoa recebeu uma excelente Corrida de Touros na noite do passado dia 27, integrada na prestigiada FATACIL, o Grupo de Forcados Amadores Académicos de Elvas marcou a sua presença pelo terceiro ano consecutivo. O público algarvio compareceu em massa, enchendo a Praça com a expectativa de assistir a uma boa noite de touros, expectativas essas que não saíram frustradas, pois foi um excelente espectáculo.
O cartel era composto por Joaquim Bastinhas, Tito Semedo, Marcos Tenório e Verónica Cabaço, estiveram presentes os Forcados Amadores de Cascais, Académicos de Elvas e Beja, lidaram-se seis imponentes, sérios e poderosos touros da Ganadaria Varela Crujo, Herdeiros.
O segundo touro da noite foi pegado por Bruno Bandeiras que à primeira tentativa não conseguiu fazer uma boa reunião com o toiro sendo violentamente retirado da cara do mesmo. Devido à grande dificuldade que o touro tinha em arrancar o Forcado elvense viu-se obrigado a desfazer a pega por três vezes. A pega foi consumada ao segundo intento com o Grupo a ajudar bem.
Ao quinto touro foi chamado Pedro Pimenta, pegou ao terceiro intento um imponente touro que por duas vezes o retirou da cara antes da chegada das ajudas. A pega foi consumada à terceira tentativa com as ajudas a aplicarem-se bem e com o Pedro Pimenta a mostrar garra e vontade como nas duas tentativas anteriores.
Pelos Amadores de Cascais as pegas foram consumas à segunda e primeira tentativas. Os Amadores de Beja consumaram ao quarto e primeiro intento.
Dia 12 de Setembro os Académicos de Elvas deslocam-se pela segunda vez este ano à Venezuela, desta vez à cidade de Tobar, mais uma importante digressão neste ano em que completam o seu décimo aniversário, data essa que vai ser celebrada com uma magnifica corrida de touros no Coliseu de Elvas dia 18 de Setembro, onde o Grupo elvense assume o enorme desafio de pegar em solitário seis imponentes touros da consagrada Ganadaria Murteira Grave.

Tiago Figueira

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Académicos de Elvas actuaram em Urrós (Mogadouro)

Na longínqua localidade de Urrós em Trás-os-Montes, realizou-se uma Monumental Corrida de Touros mista, no passado sábado dia 14 do corrente mês.
Os cavaleiros participantes foram Joaquim Bastinhas, Marcos Tenório e o venezuelano José Luís Rodriguez, lidou dois touros a pé o matador de touros Salvador Ruano. Quanto à forcadagem, pegou em solitário o Grupo de Forcados Amadores Académicos de Elvas os três imponentes touros da consagrada Ganadaria Luís Rocha.
O primeiro touro da tarde foi pegado ao primeiro intento por Afonso Bulhão Martins. Um touro que se arrancou de largo obrigando o Grupo a recebe-lo muito próximo das tábuas.
O segundo da tarde era um bonito touro com 505 quilos e que pediu contas ao Grupo, o Forcado da cara foi Paulo Barradas Maurício que consumou a pega ao quarto intento, contou com uma excelente primeira ajuda de Luís Cachola.
No último do espectáculo o Cabo dos Académicos de Elvas, Ivan Nabeiro, decidiu que o Grupo pegaria o touro de cernelha. Uma pega diferente que caiu em desuso, mas não menos bonita e emocionante que a de caras. Para rabejar foi chamado Tiago Mimoso e o cernelheiro foi António Patrício, tiveram uma entrada em falso, mas momentos depois com o touro bem encabrestado entraram ambos no momento certo e efectuaram uma emocionante pega de cernelha.
A próxima Corrida de Touros dos Académicos de Elvas realiza-se no dia 27 de Agosto em Lagoa.

Tiago Figueira

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

FORCADOS E TRADIÇÕES

Numa das minhas regulares viagens pelo mundo virtual da Tauromaquia, deparei-me com este excelente artigo. Dos melhores e mais esclarecedores que tenho lido. Decidi por isso, com a devida autorização do seu autor, partilhá-lo convosco, pois é enriquecedor e porque se não soubermos donde viemos, nunca saberemos quem somos.
"Alguns Reis da Península Ibérica tiveram acção decisiva no toureio que se pratica actualmente.
Carlos II de Espanha, último rei da Casa de Áustria, não teve filhos dos dois matrimónios, tendo legado a coroa de Espanha a Filipe de Anjou, seu sobrinho-neto.
Filipe de Anjou, neto de Luís XIV de França, ao pretender ser rei de Espanha, mergulhou o país numa guerra civil denominada “Guerra da Sucessão” em disputa com um outro pretendente, o arquiduque Carlos de Áustria, guerra que durou 13 anos.
Pela “Paz de Utreque”, Filipe de Anjou é reconhecido em 1714 como Filipe V de Espanha.
Este rei, de hábitos afrancesados e sem respeito pelas tradições espanholas, resolveu proibir os nobres de tourearem a cavalo.
Assim, o toureio a cavalo caiu quase no esquecimento em Espanha e em Portugal continuou a sua evolução.
Alguns reis em Portugal terão sido aficionados à Festa Brava, com destaque para João IV (1604-1656), Pedro II (1648-1706), João V (1689-1750) e Miguel I (1802-1866). Contudo, a mais antiga referência é do reinado de Duarte I, com corridas de toiros realizadas em Évora nos anos de 1431 e 1432.
Mas, em 1836, no reinado de Maria II, por decreto régio, passou a ser proibida a morte dos toiros na praça, que era praticada pelos cavaleiros utilizando os rojões. Assim, para remate da lide, os monteiros passaram a pegar os toiros.
Os monteiros ou alabardeiros, eram moços que tinham deixado as alabardas – para não ferirem o toiro – estas foram substituídas pelos forcados dos mosquetes e, assim defendiam na arena o acesso à escadaria real, sendo comandados por um cabo. Era, portanto, uma força militarizada.
Consta que em 1656 existiu um grupo constituído após uma selecção feita por alabardeiros da Guarda Real de Afonso VI. e que pegavam os toiros de caras e de cernelha.
Os monteiros e alabardeiros que pegavam toiros, passaram a ser chamados “moços de forcado” em 1837 terá sido a ano do aparecimento formal e regular dos grupos de forcados nas arenas portuguesas.
Foi no Ribatejo e no Alentejo que se constituíram os primeiros grupos de forcados, tendo ficado célebre o Grupo de Riachos que esteve presente nas inaugurações das praças de toiros de Évora e de Lisboa (Campo Pequeno).
No Alentejo existiram diversos grupos de forcados, sendo conhecido como dos mais antigos um de Évora, comandado por Paulo Barbas em 1914.
Também em 1915 foi fundado o Grupo de Forcados Amadores de Santarém, tendo por cabo António Gomes de Abreu. Grupo que ainda hoje existe e que teve sempre continuidade ao longos dos anos, sendo actualmente o mais antigo do país.
Anteriormente, nos finais do século XIX começo do século XX, existiu o excelente Grupo de Forcados Amadores do Real Club Tauromáquico, que teve no seu comando cabos de enorme valor, nomeadamente Eugénio Monteiro e Carlos d’Avelar Pereira.
Depois constituiu-se o Grupo de Forcados Amadores do Ribatejo, tendo por cabo Jayme Godinho, mas durou poucos anos, tendo dado origem ao Grupo de Forcados Amadores de Santarém.
Em Portugal, durante muito tempo, para muitos aficionados e cronistas taurinos mais interessados na corrida à espanhola, a pega era incomoda e a não considerar nas corridas, porque para esses, o forcado era um obstáculo à introdução do toiro de morte.
Mas a pega teve tamanha evolução nas praças de toiros portuguesas, que hoje já não é com a mesma obstinação que os aficionados da corrida à espanhola atacam a corrida à portuguesa, a “tourada” como esses a gostam de denominar.
Nos grupos de forcados não se perderam completamente algumas das características militarizadas dos anteriores monteiros ou alabardeiros. Assim, o chefe ou comandante do grupo continua a ter a denominação de “cabo”, ao traje continua a chamar-se “farda” e a “antiguidade” dos forcados continua a ser respeitada.
Nas cortesias os forcados dão a direita ao cabo, formam por antiguidade e o último elemento à esquerda é o forcado mais novo.
Se o cabo for colhido ou na impossibilidade de estar presente, toma a chefia do grupo o forcado mais velho. Não o forcado que tiver mais idade, mas o mais antigo no grupo.
O forcado mantém a antiguidade, mesmo que já tenha saído do grupo, essa antiguidade será respeitada caso volte a fardar-se nesse mesmo grupo.
Mesmo fora da praça, quando nos jantares ou outras reuniões do grupo, terão assento junto ao cabo os forcados mais antigos, mesmo que já retirados.
Contudo, a nomeação de novo cabo, não terá a ver com a antiguidade, mas com o reconhecimento do Grupo pelas qualidades de um dos elementos e aceite pela maioria.
O cabo deverá ser o garante dos valores do forcado amador e, dentro e fora da praça, o responsável por todas as atitudes e comportamento do seu Grupo. O cabo não deve faltar no Grupo, principalmente nos piores momentos. O cabo tem também a responsabilidade de preservar as tradições. A ele deverão ser imputadas todas as acções de ligação entre os actuais e antigos elementos do seu Grupo de forma que o historial seja uma referência no presente e para o futuro.
Em praça, e quando actua mais do que um Grupo, o mais antigo forma nas cortesias à direita e pega o primeiro toiro.
A antiguidade de um Grupo perde-se, desde que o Grupo não tenha actuações sequenciais ao longo dos anos.
Assim, não será legítimo um Grupo ser anunciado como mais antigo, quando esteve sem actuações por mais de uma época. Para ser considerada a antiguidade, ao Grupo não é suficiente usar o nome de um outro Grupo do passado, porque é necessário actuações sequenciais ao longo dos anos.
À jaqueta e ao barrete, o forcado tem uma estima especial. São peças da farda de valor e grande estimação.
A jaqueta representa o Grupo de que faz parte. A jaqueta deverá ser entregue ao cabo quando o forcado deixa de pegar.
O barrete é a peça de vestuário mais querida do forcado e é guardado como relíquia e passa para um filho ou neto quando um destes pegar toiros."
Manuel Peralta Godinho e Cunha

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

ACADÉMICOS DE ELVAS PEGARAM NO CAMPO PEQUENO E CABECEIRAS DE BASTO

Campo Pequeno


No dia 5 de Agosto o Grupo de Forcados Académicos de Elvas regressou pelo terceiro ano consecutivo à principal Praça portuguesa, numa Corrida de Touros em homenagem ao emigrante que foi transmitida em directo pela TVI.

Casa completamente cheia para assistir a um cartel que era composto pelos Cavaleiros Joaquim Bastinhas, Ana Batista, Marcos Tenório e Isabel Ramos, três Grupos de Forcados para pegar os seis bonitos touros da Ganadaria David Ribeiro Telles, Real Grupo de Forcados Amadores de Moura, Académicos de Elvas e Redondo.

No primeiro touro dos Académicos de Elvas foi à cara Tiago Caldeira Fernandes que à primeira tentativa consumou uma bonita pega em que recuou e reuniu bem, contou com boas ajudas do restante Grupo.

Ao quinto touro da noite Gonçalo Machado voltou a brilhar e mais uma vez, juntamente com Marcos Tenório, recebeu forte ovação de todo o público presente. Uma pega onde o touro exigiu uma reunião dura, Gonçalo Machado recebeu excelente primeira ajuda do seu irmão Luís Machado, com as segundas e terceiras ajudas a fechar bem e coesas a consumarem ao primeiro intento.

As restantes pegas foram todas ao primeiro intento à excepção da primeira da noite em que o Cabo do Grupo de Moura consumou à segunda tentativa.

Mais uma excelente prestação dos Forcados elvenses na capital mundial do toureio a cavalo, desta vez com bastante visibilidade devido à cobertura televisiva da TVI, levando o nome de Elvas ao topo da tauromaquia nacional.

Cabeceiras de Basto

A localidade minhota de Cabeceiras de Bastos recebeu no Domingo dia 8 de Agosto uma Grandiosa Corrida de Touros composta pelos cavaleiros Joaquim Bastinhas, Marcos Tenório e Verónica Cabaço, em praça os Grupos de Forcados Amadores de Cascais e Académicos de Elvas para pegar os seis touros de Sommer d’Andrade.

Tiago Figueira pegou o segundo touro da tarde à primeira tentativa com boas ajudas de todo o Grupo.

O quarto Touro foi pegado por Francisco Mestre que com vontade aguentou parte da viagem fechado apenas com o braço direito.

O último touro da tarde tinha uma grave deficiência visual causando alguns problemas a André Bandeiras que com garra e ambição consumou a pega ao quarto intento.

As duas primeiras pegas a cargo do Grupo de Cascais foram consumadas ao primeiro intento e a última à quinta tentativa.

No próximo sábado dia 14 de Agosto os Académicos de Elvas deslocam-se novamente ao norte do país, desta vez à localidade de Urrós (Mogadouro), para pegarem mais uma Corrida desta importante e simbólica época.

Tiago Figueira

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

ACADÉMICOS DE ELVAS REGRESSAM AO CAMPO PEQUENO


Amanhã pelas 22h15 o Grupo de Forcados Amadores Académicos de Elvas regressa, pelo terceiro ano consecutivo, à capital mundial do toureio a cavalo, a Monumental Praça de Touros do Campo Pequeno.

Numa fabulosa Corrida de Touros à Portuguesa de homenagem ao emigrante, o cartel é composto pelos Cavaleiros elvenses Joaquim Bastinhas e Marcos Tenório e pelas Cavaleiras Ana Batista e Isabel Ramos. Para pegar os seis touros da Ganadaria David Ribeiro Telles, estarão presentes os Forcados de Moura, Académicos de Elvas e Redondo.

Este espectáculo pode ser acompanhado em directo na TVI. Mais uma Corrida televisionada em que grande parte dos intervenientes são oriundos de Elvas, recorde-se que à menos de duas semanas, no passado dia 24 de Julho, os dois Cavaleiros elvenses e os Académicos de Elvas fizeram parte integrante do cartel da Corrida TV Norte, onde os últimos trouxeram para a nossa Cidade o Troféu da melhor pega.

Tiago Figueira

domingo, 1 de agosto de 2010

FELICIDADES


As maiores Felicidades, são os votos do Grupo de Forcados Amadores Académicos de Elvas, de todos os seus elementos, familiares e amigos, para a Maria e o David que celebraram o Matrimónio no dia 31 de Julho.

Um Grande Abraço